sábado, novembro 11, 2006

O fascismo britânico













Um comício da BUP; o seu líder, Oswald Mosley, com o Duce.

Pois é. Apesar dos mais anglófonos relegarem sempre o fascismo para o "Continente"(com notória influência em Alberto João Jardim) , recusando liminarmente que a Velha Albion tivesse sido influenciada pelo ar de tempo, a verdade é que também lá a moda pegou. Não me refiro às simpatias temporárias de Churchill e outros políticos pela ascensão de Mussolini, mas sim a verdadeiros movimentos inspirados directamente no fascismo italiano, onde pontificava o British Union of Fascists(BUP), de Sir Oswald Mosley, antigo Conservador e Trabalhista desiludido. Além de toda a doutrina, não faltavam as indispensáveis camisas negras e os grandes comícios.

O partido teve um grande crescimento até à Segunda Guerra Mundial, altura em que, fazendo campanha pela paz, Mosley e outros companheiros de luta foram presos, e o seu partido acabou por se dissolver. O líder fascista regressaria depois com ideias federalistas para a Europa, que pretendia transformar em nação única, e com um novo partido, recauchutado do anterior (tinha até o mesmo símbolo, o "flash and circle"), o National Party of Europe, com ligeiros resquícios actuais. Mas ideias de Mosley ficaram com ele e com poucos admiradores. Eram fundamentalmente produto do seu tempo, da efervescência política e ideológica dos anos trinta, e não sobreviveram à derrota do fascismo na 2ª Guerra.
Já agora, atente-se no aproveitamento que a BD e a ficção científica de animação, como alguns super-heróis, fizeram do símbolo dos fascistas britânicos, o "flash and circle". Casos da soberba aventura de Blake and Mortimer"A Marca Amarela", ou de Flash Gordon. E muitos outros.




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