terça-feira, novembro 14, 2006

Tão liberais que eles são

"Chile, Índia e China, são alguns dos exemplos de países que, por tomarem a decisão de ampliar cada vez a liberdade em suas economias, desfrutam de maiores e crescentes taxas de desenvolvimento a cada ano.
Temos o Brasil hoje em direção oposta aos ideais liberais e nas mãos de políticos incompetentes e desonestos.(...) temos novamente o Lula dos escândalos, que acoberta “movimentos sociais” que colocam em risco a liberdade e a propriedade privada"


Este é o texto que uma colunista brasileira chamada Marília Bertoluci escreveu na Causa Liberal antes da segunda volta das eleições brasileiras. Como se vê, para alguns "liberais", a China é um modelo preferível ao Brasil. E também se verifica que a liberdade, para esta senhora, se resume à sua vertente económica. Nada de novo. Era só para confirmar.

3 comentários:

Carlos Loureiro disse...

Caro JP,

Não me parece que Sr.a diga que a China é preferível ao Brasil. O que está lá escrito tem vindo a seguir um caminho de maior liberalização (tendo um ponto de partida muito baixo), o que se traduz em taxas de crescimento cada vez maiores, ao passo que o Brasil tem seguido o caminho oposto (cada vez menos liberdade do mercado).
Se as duas tendências se mantiverem, há-de chegar o dia em que a China se tornará, de facto, preferível ao Brasil. Mas em lado nenhum do texto se diz que esse momento já chegou.
Abraço

Carlos Loureiro disse...

correcção:

«O que está lá escrito [é que a China] tem...»

João Pedro disse...

Colocar a China entre a Índia e o Chle é abusivo, e o texto não deixa de ser ambíguo por essa e outras razões. E se no Império do Meio a liberdade económica tem vindo a aumentar, a política só muito lentamente é que se desenvolve (embora com ligeiras melhorias). E em muitas situações a falta de liberdade nuns casos acaba por se interligar a outros. Veja-se as expropriações absolutamente abusivas que o estado chinês faz em nome do "desenvolvimento económico". Acaba por ser um contrasenso. Quanto à menor liberdade de mercado do Brasil, é igualmente discutível. Estará realmente a caír ou aenas avançatá mais lentamente?