sábado, abril 19, 2008

A não-surpresa
A demissão de Menezes pode espantar nos primeiros segundos. "Então o homem está lá há meia dúzia de meses, promete grandes feitos,e agora via-se embora?" Mas quando se começa realmente a pensar, conclui-se que tudo aquilo bate certo. não há político mais incoerente, troca-tintas e impulsivo em Portugal do que Menezes. É certo que a coerência não é das maiores virtudes da classe, mas o ainda líder do PSD é um portento desse vício. Desde que disse que Gueterres de devia demitir (como demitiu) e meses mais tarde considerou tal acto "uma fuga vergonhosa" que isso se tornou claro. Nos últimos tempos nem prestei atenção às suas atoardas, excepto as demonstrações pelos seus subalternos de chicana política da mais baixa, no caso das acusações a Fernanda Câncio, sobretudo pelo patético Gomes da Silva, o genial inventor da "cabala involuntária". Tornaram-se tão comuns que já nem tinham graça.
Como o Menezes líder é igual ao Menezes pré-líder, e depois de ver as declarações de Mendes Bota, acredito piamente que se vai candidatar novamente às directas, com a "vaga de fundo" que Santana Lopes e Ângelo Correia estão já a lançar.

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