quarta-feira, abril 09, 2008

O galo e o ódio

Domingo à noite tivemos uma repetição do Benfica-Boavista do ano passado, desta feita no Bessa. Bolas na barra, duplas defesas impossíveis, bolas acrobaticamente cortadas sobre a linha, e agora até penaltys sonegados por essa incompetência de apito na boca chamada Lucílio Baptista. Um massacre constante do Benfica intervalado pelo penalty que Quim defendeu e por outra oportunidade de golo que os homens de xadrez tiveram em contra ataque, na segunda parte. Um daqueles desafios que se durasse até à alvorada ficaria inevitavelmente em zero-zero. É daqueles actos de feitiçaria de que o futebol é pródigo, e que tão injustamente castigam quem se esforça.
Na véspera, o Porto lá conseguiu o anunciado tri-campeonato com meia dúzia dados aos pobres amadorenses, que ultimamente não sabem o que são salários. A festa pelas bandas do estádio durou até às tantas, mas felizmente, como estava em Lisboa, não dei por nada. Ouvi buzinas, sim, mas por causa das filas de trânsito que entupiam os acessos entre as zonas de Belém e Docas. Ainda assim, e apesar do título estar nas mãos, o presidente da colectividade andrade, acossado pela acusação de corrupção, veio fazer, na inauguração de uma sala portista qualquer, um discurso em que atacou aquilo que considera ser "os vermes" e "o ódio" que "corariam de vergonha e morreriam de inveja" e prometeu o Tetra para o ano. Inconcebível como o tipo que mais "vermes" alimenta e mais ódio espalhou no futebol português continua a fazer-se de vítima e a achar-se acima da justiça, mesmo quando ganha o campeonato mais fácil da sua carreira. Ao fim de vinte e tal anos de carreira de sucesso no futebol português, Pinto da Costa continua com a sua política do "contra tudo e contra todos". Há pessoa que por mais que ganhem, nunca atingirão o mínimo do sentido de grandeza

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