segunda-feira, maio 16, 2011

O futuro do acordo


Decididamente, não se percebe. Agora que os homens da Troika (horrível termo, que muito deve agradar a Jerónimo de Sousa mas que devia dar uma processo disciplinar a quem o cunhou para esta situação), os partidos que aprovaram o plano não se entendem não só quanto à sua aplicação, mas também sobre alguns pontos acordados. O PSD quer ir mais além, o PS distorce vários pontos - já desde o anúncio do "excelente acordo", em que se revelou o que não se ia fazer, escondendo o pior - o CDS-PP já tinha proposto tudo "mas ninguém quis saber na altura". Abstraindo da extrema-esquerda, que como sempre nada apresenta de alternativo (ou então são coisas de fazer arrepiar o maior leigo em questões económicas), dir-se-ia que se prossegue no caminho da demência.


Para mais, e muito embora o plano acordado tenha alguns pontos positivos, embora duros, que podem alterar realmente a pesadíssima super-estrutura estadual, trazem alguns pontos controversos, como a da reestruturação local. Extinguir municípios seria a maior estupidez possível, mas disso falaremos mais tarde. Para já, fiquemo-nos pelas taxas elevadas cobradas pela UE, que implicam um esforço considerável para pagar o empréstimo, coisa que Sócrates não disse logo ao país para nos fazer crer no melhor dos mundos. Irónico como o FMI é sempre tratado como o mau da fita (embora já não sejam os "homens sem rosto"), e a simpática UE, sempre tão pródiga em fundos, é quem nos cobra a maior taxa. Que dirá o Dr. Constâncio?

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