quarta-feira, junho 03, 2015

O mosaico de Bilbao



Voltando ao tema da bola, e acabadas as provas nacionais ( com o Benfica a ganhar a costumeira taça da Liga frente a um Marítimo raçudo, talvez até demais, voltando a ser o detentor do maior número de troféus em Portugal, e os "lagartos" a arrebatar já no fim a Taça de Portugal a um Braga que se acomodou cedo demais, e que por isso mesmo não a merecia levar), ainda temos a final da Liga dos Campeões no sábado, para desgosto de quem tenha bilhete para o Primavera Sound no mesmo dia para ver espectáculos as mesmas horas. Mas entretanto houve mais algumas decisões, como a da Taça do Rei.

O resultado em si não interessa, já que o Barcelona de Messi jogava em casa e venceu um Athletic de Bilbao que teve uma época uns furos abaixo do que se previa e que tarda em regressar aos títulos (desde os anos oitenta). E também pouco interessa aquele triste momento em que tocou o hino espanhol, e em que o Rei assomou à tribuna, e que pôs muitos catalães e biscainhos a apupar ambos. É o que dá realizar uma final de taça de Espanha com a chancela real num estádio composto em grande parte por independentistas (e se o são, porque é que aceitaram que a final fosse ali?). Mas gostei de ver o imenso mosaico que os adeptos do Athletic compuseram no Nou Camp. Sim, os culés também, mas estavam em casa, são milhões, têm mais adeptos, etc. É absolutamente admirável como é que uma cidade de 300 mil habitantes, com raivais nas proximidades, como a Real Sociedad, leva dezenas de milhares de fãs e consegue fazer um mosaico impressionante formando as cores do clube e do País Basco, com o símbolo e nome do clube e palavras de incentivo pelo meio. O Athletic, além de se manter fiel à tradição de só jogar com bascos, continua a ser um clube incrível, como incrível é o seu novo estádio. O Vitória de Guimarães e o Braga bem podiam olhar para aqui e fazer as devidas comparações.







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