sexta-feira, janeiro 15, 2016

Alan Rickman, outro "mau da fita" desaparecido



Apenas meio ano depois de escrever sobre os maus da fita no cinema e de enumerar alguns casos mais visíveis, um deles, Alan Rickman, desapareceu esta semana, com a mesma idade de David Bowie, 69 anos (à conta disto já começam a circular piadas sobre os 69 serem os novos 27, por causa da quantidade enorme de músicos que morreram com essa idade, ou da maldição de em cada golo de Aaron Ramsey morrer uma celebridade no dia seguinte).

Muitos lembraram-se dos seus papeis do temível Hans Gruber, o magnífico capo terrorista de Assalto ao Arranha Céus, ou do professor de Harry Potter (julgo que não era uma personagem lá muito simpática). Além de outras interpretações em que não era exactamente o mau da fita, como em Sensibilidade e Bom Senso ou Michael Collins, em que fazia de Eamon de Valera (que também não era apresentado propriamente como uma figura simpática), ou, já no ano que passou, um Luís XIV menos "solar" e emocional e "terra-a-terra", num filme simpático realizado pelo próprio, sobre a elaboração dos jardins de Versailles, mais destaco uma: a do Sheriff de Nottingham, de Robin Hood, Príncipe dos Ladrões, hoje não tão lembrado, um filme que à época teve grande sucesso comercial e que contava com Kevin Costner, na altura uma superstar do cinema, no papel principalNuma personagem que juntava comicidade à crueldade, Rickman "roubava" todas as cenas em que entrava, o que lhe deu um valente empurrão para poder ser considerado um dos actores de cinema mais especializados em fazer de (bons) maus da fita.



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