quarta-feira, junho 29, 2016

Um parasita descarado


Jean-Claude Juncker pode errar em imensas coisas e ser um rosto da euroburocracia. Mas é também o líder executivo da União Europeia e portanto seu guardião. A forma como se dirigiu a Nigel Farage em pleno Parlamento Europeu tem sido muito criticada por aparentemente demonstrar "arrogância" e outros pecados inomináveis. Já sabemos como Juncker não goza, nos dias que correm, de grande popularidade. Mas a verdade é que se limitou a responder a um provocador oportunista, xenófobo e insultuoso, que ataca a União Europeia e pretende a sua destruição, e no entanto há dezassete anos que é deputado no Parlamento Europeu, vivendo à custa dos que e das práticas que critica. Um parasita, portanto, descaradamente hipócrita. Nem é nenhuma novidade: este é o homem que depois da desilusão das eleições de 2015, anunciou a retirada da liderança do UKIP, para logo a seguir voltar atrás.
Juncker perguntou-lhe o que fazia ali e disse-lhe que era a última vez que ouvia os seus aplausos. Pena que não o tenha posto fora a pontapé. Um tipo que vive à custa dos que quer destruir merecia no mínimo isso. Não é sequer um Cavalo de Tróia ou uma quinta coluna: é um parasita puro e simples, que já que não tem a dignidade de renunciar ao lugar, merecia ser escorraçado, tal como ele gostaria de fazer aos refugiados que fogem das guerras e que nunca na vida imaginaram sequer o que é o salário de um deputado europeu.


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