sexta-feira, outubro 07, 2016

Guterres na ONU (e uma previsão)

 
Fiquei particularmente contente com a nomeação de Guterres para Secretário-Geral da ONU por: 1- ser o mais elevado cargo exercido por um português desde o Papa João XXI; 2- por ser Guterres, um dos políticos mais qualificados e com mais carácter que já vi, e que apesar de nalguns momentos importantes ter tido falta de pulso, nomeadamente dentro do seu próprio partido, outros houve em que demonstrou uma fibra incrível (caso de Timor); e acima de tudo porque se tratou da escolha mais transparente e meritocrática possível (descontando todas as cedências, discussões e jogos de bastidores que necessariamente há nestes casos), resultando na escolha de um português excepcionalmente bem preparado, o que mostra que os portugueses podem mesmo ir longe com a sua competência. 
                                                                                 
Demonstra também o quão eficaz continua a ser a nossa velha e experiente diplomacia, que mantém o "pequeno milagre permanente" chamado Portugal há mais de oito séculos. todo um trabalho do corpo diplomático português, incansável, imperturbável e muitíssimo competente.

 Curioso é que há precisamente vinte anos Guterres era o chefe do governo e Marcelo Rebelo de Sousa o líder da oposição. E exactamente no mesmo ano de 2016 os dois velhos amigos, antigos adversários políticos e veteranos da vida pública portuguesa atingem o topo das suas carreiras, um à frente da ONU, o outro como chefe de estado de Portugal.
 
Quem havia de adivinhar? Ora, o major Valentim Loureiro. Ele é que já estava a prever isto e começou a "aclamação" de Guterres vinte e um anos antes do Conselho de Segurança o fazer.
 
 

Nenhum comentário: